17.1.10

O Céu Cristão ou a Imortalidade Pessoal

No 19° capítulo, intitulado “O céu cristão ou a imortalidade pessoal”, Feuerbach quer demonstrar que o sentido original e verdadeiro da Religião é a crença no além. E o conteúdo do além é a crença na libertação das limitações da natureza por parte da subjetividade. O céu é o paraíso, o estado de purificação e a certeza na plenitude. O conceito de Imortalidade se funde no conceito de Deus, pois Deus é a vida imortal. E só Deus é o penhor da existência futura de ser humano, porque Ele já é a certeza da minha existência presente, da minha Salvação, é o meu consolo, é a minha proteção, então só através Dele é possível deduzir a imortalidade, não para demonstrá-la como verdade à parte, mas para eu crer e entregar-se a Ele. Pois Deus é a vida imortal. E só Deus é o penhor da existência presente, da minha Salvação, é o meu consolo, é a minha proteção então só através Dele é possível deduzir a imortalidade, não para demonstrá-la como verdade à parte, mas só Deus é a consciência daquilo que é em si mesmo. Para Feuerbach essas cisões de terra e céu, de fé e razão, de corpo e alma, (...), distancia o homem cada vez mais da sua natureza humana e a crença no além é apenas a crença na verdade da fantasia, assim como a crença em Deus é a crença na verdade e na infinitude da afetividade humana. Todavia, ao se preocupar em definir Deus, o que a religião de fato executa é uma redução à essência extra mundana de Deus às partes componentes da essência humana como suas partes componentes fundamentais. Assim, o tiro sai pela culatra e o homem e não o Deus é o princípio, meio e fim da religião.

Nenhum comentário:

Postar um comentário