17.1.10

Deus Como Ser Moral ou Lei

No 4° Capítulo, intitulado “Deus como ser moral ou lei”, Feuerbach pretende esclarecer como Deus só é importante se o homem objetivar Deus para o homem. Assim o interesse da religião é demonstrar quando Deus é diferente do homem, (a medida em que expõe Deus como redentor), mas ao mesmo tempo é também do seu interesse que Deus seja igual ao homem, (ao refletir a essência do gênero humano). O que o homem quer na religião é se satisfazer, porque a essência do homem é a mesma essência de Deus, constituída de razão, vontade e sentimento. Por outro lado, a qualidade racional de Deus que se salienta sobre todas as outras é a perfeição moral. Deus é um ser moralmente perfeito e como ser moral é o ser infinito. Deus é a lei personificada da moralidade no homem. O Deus moral exige do homem que ele seja como Ele próprio é: “Santo”, caso contrário o homem não poderia jamais temer a essência divina. Mas, é o sentimento de amor que se interpõe como laço de união entre a perfeição de Deus e a imperfeição do homem, entre o ser sem pecado e o pecador. O amor é o próprio Deus e sem ele não há Deus. Deus é a própria lei moral, mas pensada personificadamente, pois Deus exige que o homem seja como Deus: um filho perfeito. No entanto Deus está diferenciado na razão, na moral e no coração. Deus na razão julga; Deus na moral exige a vontade de um comportamento reto e bom; Deus no coração perdoa e ama com um sentimento universal.

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